quarta-feira, 31 de agosto de 2011

 "I didn't think of what I was doing as political. 
To me it was a way to make the best out of what I liked to do privately, which was to dress up."
Cindy Sherman

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

50 PHOTO ICON: STORY BEHIND THE PICTURES


Noire et blanche 





Sobre a fotografia em si sabe-se pouco. Man Ray, nascido Emmanuel Radnitzky em 1890 na Philadelphia, foi um artista que sempre esteve disposto para falar sobre seu trabalho. Noire et blanch foi feita no inicio de 1926 no studio de Man Ray que ele havia aberto havia 4 anos com sucesso nos retratos, em Paris, cidade que ele adotou como sua. A fotografia foi publicada pela primeira vem em  1 de maio de 1926 na Vogue Francesa sobre o titulo “Face de pérola e máscara de ébano” (Visage de nacre et masque d’ebene). A foto apareceu novamente dois meses mais tarde em uma revista Belga de Surrealismo, Varietes (N. 3,15 julho de 1928), agora sobre o titulo “Noire et Blanch” ou “Preto e Branco”, e novamente em Novembro do mesmo ano, em Art et Decoration, desta vez com um texto de Pierre Migennes : “O mesmo sono e o mesmo sonho,  a mesma mágica mistériosa parece unir através do tempo e espaço as duas máscaras femininas com os olhos fechados: um da qual foi criado em algum lugar por um Escultor Africano em ébano negro, a outra, não menos perfeita, feita ontem mesmo em Paris.”
Man Ray tinha o hábito de dar as suas fotografias  e as suas outras criações títulos retumbantes, desde que ele visitou o lendário New York Armory Show em 1913. Man Ray concluiu que sem um título provocative, a fotografia dificilmente teria recebido toda a atenção que recebeu da imprensa e do publico. A primeira vista Noire et Blanch dificilmente parece ser algo maior que uma simples descrição, mesmo que, na perspectiva da Cultura Ocidental , que normalmente “Lê” da esquerda para a direita,  a referência correta deveria ser Blanche et Noire – um titulo válido pelo fato do negativo da foto (na qual claro, apresenta a imagem em reverso).






Man Ray que iniciou fotografando como autodidata em 1914, estava inicialmente preocupado em  realizar uma reprodução adequada de suas próprias pinturas e objetos de arte. Como fotógrafo ele foi cauteloso – o oposto de um fotógrafo rápido como Emmanuelle de I’Ecotais. Mesmo sua preferência em trabalhar com uma camera a 3½ x 4¾ que requeria um cuidado para manuseio e economia de procedimentos. Man Ray deve ser considerado um extraordinário e produtivo fotógrafo: não menos que 12000 negativos e impressões que foram deixadas para a nação francesa por sua última esposa, Juliet. Além dessa há variações diversas de Kiki com a máscara – foto que provou que Man Ray, neste caso, era incerto sobre a fórmula válida para sua idéia inicial e ele passou por vários estágios até alcançar a versão final.
Esta não foi a primeira vez que Man Ray deu destaque a arte Africana. No inicio de 1924 na criação da La Lune Brille sur L’ile de Nias, ele fotografou uma mulher jovem próximo a uma escultura de um Africano, admitindo não alcançar uma fórmula convincente para essa imagem. Dois anos mais tarde, Noire et Blanche confirmou seu continuo interesse na arte de pessoas “primitivas”, que na verdade foi uma grande influência precisamente na Avant- Garde depois de 1900 (Expressionistas, Fovistas, Cubistas). Ray teve sua primeira familiarização com a arte Africana por volta de 1910 na Alfred Stieglitz Gallery em Nova York, e em sua autobiografia, a arte Africana é significantemente mencionada assim como expressões artisticas de Cezanne, Picasso, e Brancusi. A máscara neste caso, mais do que tudo, é um trabalho no estilo de Baule, supostamente uma de suas réplicas baratas que mesmo naqueles dias estavam dispostas em todos os lugares. No seu studio, Man deu forma a seu dialógo entre o “branco”e o “negro”, entre um objeto inanimado e a supostamente mulher dormindo (Kiki, na realidade Alice Prin, mais uma vez assumindo o papel), na frente de um fundo neutro. Logo após se mudar de Nova York para Paris em 1921, Ray  conheceu a jovem mulher, a modelo de nu favorita nos circulos artisticos da época, na qual o desafiante charme era uma atração para Man Ray. Em suas memorias, o fotógrafo descreve com precisão seu encontro com Kiki de Montparnasse: “Um dia eu estava sentado em um café esperando pelo garçom aparecer para tirar nosso pedido. Então ele se virou para uma mesa com algumas garotas e se recusou a tirar o pedido pois as mesmas não estavam usando chapeu. Uma discussão violenta insurgiu. Kiki gritou algumas palavras em patoá (dialeto Francês) Eu não entendi, mas deve ter sido bastante insultante, e então acrescentou que um café não é uma igreja, e de qualquer modo as Mulheres Americanas, todas elas, vieram sem chapeus... então ela se reclinou na cadeira, levantou-se e deu uma volta com a graça de uma gazela. Marie  convidou a ela  e suas amigas a se sentarem conosco; Eu chamei o garçom e com empatia pedi algo para as garotas beberem.”

KIKI DE MONTPARNASSE

 



Kiki se tornou amante de Man Ray em seus anos iniciais em Paris. Para ele, ela era uma modelo, uma fonte de inspiração, e também uma antagonista em cenários turbulentos em todo novo retrato e fotografia de nu, Man fez sucesso após 1922 após capturar algo do espirito irritável dessa queridinha do artista. Talvés o mais famosos trabalho seja um retrato de 1926, que May fez no mesmo dia que Noire et Blanche. Em todo caso, a pele branca, os lábios contornados e o curto cabelo rigorosamente penteado para trás sugestionam a proximidade. Kiki segura a máscara próxima ao seu queixo, com as duas mãos e figurando uma imagem sonhadora em ambos os lados do objeto de arte – uma foto no sentido vertical, que aparentemente satisfez o artista um pouco como simetricamente composto, marcadamente a versão estática na qual o queixo de Kiki está contra a máscara que se assemelha a sua imagem como a um espelho. Numerosos detalhes na fotografia – roupa, jóias, o busto nu de Kiki -  distraem da real intenção. Somente a adição da mesa, o espaço definido no horizonte, combinado com uma fina borda, providenciando assim uma solução. Agora o horizontal permenece sem erros contra o vertical, o preto contra o barnco, vivendo contra a falta de vida, Europeu contra Africano: A igualdade de cultura é definida pelo negativo da foto. Mais do que isso, o sutil uso de luz, que enfatiza a forte geometria da composição,interpreta um convincente papel.
Man Ray já havia publicado uma foto com o titulo Black and White na capa da revista 391, editada por Francis Picabia, em 1924. Naquele trabalho, uma estatua clássica constrasta com uma escultura Africana; agora como se fosse em um maior desenvolvimento do mesmo conceito, Man Ray arranjou um rosto humano contra a mascara “primitiva”. No inicio do trabalho, os titulos em inglês não faziam referência alguma ao sexo dos objetos. Com Noire et Blanche, por outro lado, não pode haver dúvidas: o que está sendo retratado é, assim por dizer, um puro dialógo feminino, na melhor tradição surrealista, bem entendido como permanence, de alguma forma o misterio. Não pode haver dúvidas que Noire et Blanche é mais que um jogo formal. É pelo menos, de acordo com Emmanuelle de I’Ecotais, o trabalho exemplar de um dos fundamentos de Man Ray : provocar a reflexão.






domingo, 28 de agosto de 2011

David LaChappelle


A carreira de David LaCapelle começou nos anos de 1980 nas galerias de Nova York. Após se formar na Escola de Artes da Carolina do Norte, ele se mudou para Nova York onde iniciou na “Art Students League” e  “the School of Visual Arts”. Com exposições na Galeria 303, Trabia McAffe e outros, seu trabalho foi reconhecido pelo seu herói Andy Warhol e os editores da Revista Interview, que lhe ofereceu seu primeiro trabalho professional como fotógrafo.

  

 


Trabalhando na revista Interview, LaChapelle logo começou a fotografar os rostos mais famosos do seu tempo. Em pouco tempo ele estava fotografando para editoriais top de publicações importantes do mundo, e criando as campanhas mais memoraveis de sua geração. Suas imagens impressionantes têm aparecido em publicações como Vogue Italia, Vogue Francesa, Vanity Fair, GQ, Rolling Stone e I-D. Nos seus 21 anos de carreira ele fotografou personalidades como Tupac Shakur, Madonna, Eminem, Lance Armstrong, Pamela Anderson, Uma Thurman, Elizabeth Taylor, David Beckham, entre outros.
  





Depois de se estabelecer como fotógrafo passou a dirigir videos musicais, e eventos teatrais ao vivo, e documentarios. Seus créditos como director de videoclips incluem Christina Aguilera, Moby, Jennifer Lopez, Britney Spears, The Vines e No Doubt.  No campo do documentário ele dirigiu um curta chamado Krumped, vencedor do Sundance Festival, depois ele lançou RIZE, que foi adquirido para distribuição em todo o mundo pela Lion`s Gate Films. O filme foi lançado nos Estados Unidos e internacionalmente no verão americado de 2005 com uma enorme aclamação da critica, e foi escolhido para abrir o Tribeca Fil Festival de Nova York em 2005.





 

Sua habilidade para criar cenários de extrema realidade usando cores ricas e vibrantes fez seu trabalho ser instantaneamente reconhecido e algumas vezes imitado. Ele continua sendo inspirado pela história da arte e pela cultura de rua,  e pela Selva Hawaiana onde ele vive, criando assim uma face da cultura pop atual.